terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Inexistência (Parte 1)

Pensei tanto sobre esta postagem, que tive "medo" do que poderia dissertar aqui, sim, ocorreu um medo "rústico" de tal forma que para que essas palavras fossem proferidas aqui tive que enfrentar novamente meus fantasmas, os fantasmas do meu psique, os fantasmas dos "normais" cujo assombram as mentes inconsistentes, frágeis, e não só aquelas que se deixam levar por estes, mas sim até os "grandes pensadores" da alta sociedade, somos iguais nesta questão, somos seres humanos, mas quando permitimos ser, olhando para nós mesmos, assumindo tais erros e fragilidades e inseguranças, cortando totalmente nosso egoísmo social e pessoal que nos cega pela dor e pela fraqueza que nos emburrece.

Comecei a ler novamente um dos grandes livros que mudou minha vida, muitos julgam preconceituosamente pelo fato de ser um "best seller", mais um livro "modinha", fácil de ler, e com "encheções de linguiça" (popularmente dizendo) que não trariam conhecimento a ninguém, pois eu também-o julgava assim, como todo "normal" preconceituoso e tolo, pois nem ao menos eu saberia diretamente do que se tratava tal assunto abordado no livro, mas com este, fui dilacerado totalmente do meu preconceito e egoísmo, de toda soberba e insensatez, fui extirpado da minha prisão psiquique e como um choque de alta voltagem fui ao verdadeiro eu, daquilo que temia expor, daquilo que sentia para expor de alguma maneira.

Também me lembrei de tudo que já passei e que fora vivenciado ultimamente, todos os conflitos intrapessoais psíquicos, de tudo que já li e revi, de tudo que foi ouvido e de tudo que foi dito, de todas essas grandes aventuras neste contexto da vida presenciada no grande teatro existencial, "diria que não caberia dizer" que não há palavras que possa expressar toda vontade e sonhos que são manejados em minha mente, mas aprendi que para vender sonhos e pensamentos devemos começar por nós mesmos, uma "faxina" geral em nossa psiquique interiorizando e assumindo todos nossos erros e omissões, fraquezas e todo o egoísmo consumado tragicamente, como todo "normal" julga ser considerável que todos temos problemas, seja eles familiares, sociologicamente ou intrapessoal, tive grandes conflitos incansáveis ao ponto de não reconhece-los por uma grande força que me traria adiante, o reconhecimento da fraqueza humana, o reconhecimento de que somos grandes crianças brincando de sermos "gente grande" na grande sociedade que busca o complexo ideal de ser correta, formal, sendo estúpida ao mesmo tempo de serem cegamente para si mesmos não reconhecendo tais fragilidades.

Revendo todas as situações que presencio no dia-a-dia, e de tudo que é discutido, seja sobre politica, criticas sociais, idealismo, questão ambiental, questão social, aquilo que é incansavelmente idealizado, presumi de um realismo que pelo grande conformismo social que cobre cegamente as doenças humanas (não aquelas patologicamente dizendo) e sim à grande doença intra pisquica, que de tanta dor que é causada por tal desprezo da vida, comecei a pensar sobre o sentido de tudo isso mais uma vez, mas de que valeria ficar somente pensando e refletindo sobre tais ações pela sociedade e por todos que impõem algo à mim ou a você, não importa, sobre tudo que é imposto para você ou para mim, não seria grandioso ao ponto de abalar nossos ideais, seria egoísmo de nossa parte? Não acreditaria por tal julgamento, pois somos independentes de nossas ações e que por isso carregamos esta responsabilidade sobre atos que são propriamente julgados por outras pessoas, e que por isso mesmo, devemos assumir tal responsabilidade, não aquela responsabilidade social de ser um ser humano agradável aos olhos de bons samaritanos, mas sim para nós mesmos, nada seria em vão se fosse para o próprio bem psíquico e que consequentemente sem o egoísmo, seria ótimo para aqueles que estariam recebendo tal ação.

Continua...


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